terça-feira, 24 de novembro de 2020

A ÓTICA DE DEUS


Nós temos uma avaliação quase sempre muito negativa de nós mesmos. Vivemos acuados e culpados quase sempre e se procurarmos erros em nós acharemos aos baldes. Essa é a nossa avaliação de nós mesmos. Mas você já parou pra pensar como Deus te vê? A grande notícia que eu quero te dar nesse texto é que Deus não nos vê como nós nos vemos e nem como os outros nos vêem, e isso é muito bom. O texto perderia parar por aqui, porque essa verdade por aí só já é maravilhosa demais, mas vamos tentar elucidar um pouco melhor isso. 

"Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas?" (Romanos 8:32)

No versículo acima, Paulo faz uma reflexão sobre essa visão que Deus tem sobre nós. Eu acho uma definição fantástica. Ele parte do ponto que Deus deu o que ele tinha de mais precisos por causa de nós. Paula usa o verbo "poupar" para dizer que Deus tinha todo o direito de poupar seu Filho de se tornar homem e morrer numa cruz por causa de nós. Mas "não poupou". E porque não poupou? Porque ele viu em nós uma motivo que ia além de preservar seu Filho, ele via algo muito precioso em nós. 

Paulo também usa o verbo "entregar", ou seja, além de não poupar o Filho, ele entregou. E o ato de entregar é um ato livre e irreversível. Deus não emprestou seu Filho, ele entregou para sem chance de voltar atrás. Por que ele entregou? Porque ele sabia que receberia em troca algo de muito valor. E o que é esse algo de muito valor? Somos nós! 

Então Paulo exclama: "...como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as coisas?". É como se ele dissesse: "porque vocês se desvalorizam tanto se o próprio Deus os valoriza demais!?"

Você consegue entender isso? Nós que passamos boa parte das nossas vidas nos culpando e nos martirizando por causa das nossas falhas, somos tão admirados por Deus. Então, culpar-se exageradamente não exclui seu pecado, muito pelo contrário, se caracteriza um outro pecado: fazer réu aquilo que Deus fez livre, ou melhor, desvalorizar aquilo que Deus valorizou. Esse é o pecado. Mas não queremos ouvir Deus, na verdade queremos um chicote para ferir nossas costas até que o sentimento de culpa vá embora. 

Guarde essa frase: A valorização do pecado é pior do que o próprio ato pecaminoso. Isso quer dizer que não preciso me arrepender de nada? Não é isso. Quer dizer então que não devo sentir o peso do erro que comiti.? Também não é isso. Mas é passar por isso olhando pela ótica de Deus. Todos pecamos, mas o amor de Deus é maior que qualquer pecado. E sabe quando isso foi resolvido? Na cruz do calvário. Sabe quando isso foi resolvido no "tempo de Deus"? Antes da fundação do mundo, como diz a própria Palavra. Então por que se culpar tanto? 

A nossa incapacidade de nos perdoar e perdoar o nosso próximo não faz de Deus como nós. A nossa visão adoecida da vida não faz a visão pura, Santa e perfeita de Deus ser alterada em absolutamente nada. Por mais absurdo que pareça o amor de Deus por nós, ele é real! Então, existem dois tipos de seres humanos: os que se vêem pela ótica humana e os que se vêem pela ótica de Deus. Os que se vêem pela ótica humana se culpam, se importam com a visão que as pessoas tem de nós e viram refém dessa avaliação. Os que vêem pela ótica de Deus aceitam o seu amor de bom grado e desfrutam da sua graça incompreensível, imerecida, mas real e disponível a todo aquele que crê.

Creia e não de tanta importância para o que pensam sobre você.

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