"Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores."
(Mateus 6:12)
Nunca diga que qualquer coisa que seu filho faça seja "mais que obrigação dele", porque Deus, o nosso Pai, não nos trata assim. Ele tem prazer em nos recompensar por isso. Porém, Ele nos recompensa se procedermos da mesma forma com os outros. A oração que Jesus nos ensinou fala de perdão para os que perdoam: "perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos...". Sendo assim, se fazemos algo errado e pedimos perdão ao nosso Pai, Ele nos perdoará, a não ser se não formos perdoadores com quem errou conosco. É assim que funciona.
Nosso Pai não nos dá nadanada o que não sejamos capazes de dar também. Se pedimos perdão e não damos, não receberemos. O céu pertence aos perdoadores. Afinal de contas, ninguém nunca fará nada conosco mais grave do que nós fizemos com o Senhor. Nós provocamos a morte do filho de Deus e a humanidade, após isso, carrega uma responsabilidade muito grande. Nossa conduta com Deus foi tão grave, tão grave, que o próprio Deus teve que virar homem e ser torturado até a morte numa cruz romana. Tudo isso para nos perdoar. Então, entende-se que nada menor do que isso pode ser algo imperdoável.
Jesus fala de perdão, mas não vale só para perdão. Se clamamos por paz e promovemos o caos, não receberemos paz. Se clamamos por amor e não amamos ninguém, não receberemos amor. Se clamamos por recursos financeiros e não ajudamos ninguém, não receberemos. Não de Deus. Podemos conseguir algumas coisas pelos nossos esforços, mas por parte de Deus, jamais! É uma lei do Reino de Deus.
A oração do Pai Nosso nos ensina sobre a reciprocidade divina. Deus está disposto a nos recompensar. E olha que se pararmos pra pensar, Deus não teria obrigação algumade nos retribuir por sermos justos, por procedermos segundo o que é correto. Seria nada mais do que a nossa obrigação, não é mesmo? Mas a natureza de Deus não pensa assim. Ele recompensa e retribui sempre que fazemos a Sua vontade. Que Pai maravilhoso nós temos! E fazemos a sua vontade quando somos para o próximo aquilo que desejamos que Deus seja para nós.
Quando decidimos romper com as pessoas, não as perdoando, nós nos recusamos a ser instrumentos de Deus para aquela vida. Nós não podemos romper com quem Deus não rompeu. Não podemos romper com quem Deus tem um propósito. É fácil? Não. Tem o nosso ego que nos faz acreditar que perdoar é humilhante demais. Mas, se você reconhece o seu papel de filho de Deus, você jamais poderá tomar decisões baseadas em si mesmo. Você é canal de Deus, e o canal deve estar sempre disponível. Você não pode dizer: "Pai, hoje eu não quero ser usado não". Por isso, perdoar é um ato de filho de Deus. Pode ser que aquela pessoa horrível seja transformada através da sua vida. Então, sempre mantenha-se disponível. Não cancele ninguém, essa não é uma opção para um filho do Pai celestial.
A lição é clara e cristalina: se queremos que o favor do Pai nos alcance, precisamos proceder da mesma forma com os homens. É através da nossa ação com os homens, perdoando, amando e acudindo, que somos perdoados, amados e acudidos pelo Pai. Não há como querer do Pai algo que não estamos dispostos a fazer pelos homens. Mesmo porque, aqueles que não estão dispostos a doar antes de receber, não tem o DNA do Pai celestial e, portanto, não são filhos.
A oração de Jesus poderia terminar em: "perdoa as nossas ddívidas", mas faltaria o maior ensinando, que é: "assim como perdoamos". Não há nada na nossa relação com o Pai que tenha um fim em nós mesmos. Se queremos um pai perdoador, perdoe primeiro.
Como diz a oração de São Francisco de Assis:
"Porque é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a vida eterna, amém".
Deus te abençoe.
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